84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES

84 ANOS DE ANTONIO MUNHOZ LOPES
NO DIA 12-02-2012, NO RESTÔ DO PARQUE, EM BELÉM DO PARÁ, O PLANETA TERRA FICOU PEQUENO PARA SUPORTAR TANTA ALEGRIA PARA FESTEJAR OS 80 ANOS DE NOSSO QUERIDO MESTRE. UMA BELÍSSIMA HOMENAGEM DE SEUS FAMILIARES E CONVIDADOS. O MUNDO NAS MÃOS DO MUNHOZ!

domingo, 18 de julho de 2021

2021 “Um grande mestre”


      Todos nós quando nascemos trazemos dons que ao longo da vida vamos desenvolvendo, lapidando, até descobrirmos quem realmente somos e viemos fazer neste mundo.

     Não tinha uma grande estatura, mas foi um gigante no mundo do saber e da cultura. Um homem além de seu tempo, sua busca por conhecimento não foi saciada nos milhares de livros que leu durante sua vida, ele queria mais, queria ver a história de perto e porque não dizer queria fazer parte da história, muito por isso é considerado um dos maiores e melhor professor que já ministrou conhecimentos nas escolas do Amapá. Sua busca por conhecimento, o levou a viajar por vários países fazendo-o merecedor do titulo cidadão do mundo. Cada aula por ele ministrada envolvia seus alunos ao ponto de parecer estarem em transe. Um grande mestre querido e respeitado por todos que o conheceram.

     Mas o tempo vence a todos nós, e aos 85 anos nosso mestre sucumbe ao tempo, após 4 paradas cardíacas por problemas de insuficiência renal. Deixando um legado de mais de 50 anos dedicados a educação, música, cultura, a história de nosso amapá. Sua morte enlutou a todos e enlutou o Estado. Nosso pequeno homem e maior mestre se fora, hoje todas às homenagens são poucas pelo muito que ele fez por nosso Estado, ficaram só os ensinamentos e muitas lembranças de nosso saudoso Antônio Munhoz Lopes, o cidadão do mundo.


sábado, 26 de agosto de 2017

Por onde andará Antônio Munhoz Lopes...



        








Compreender os propósitos de Deus muitas vezes pode ser uma tarefa bem difícil, principalmente quando a tristeza bate na nossa porta porque acabamos de perder um ente querido. Lágrimas passam pelos nossos olhos constantemente e o vazio da saudade aumenta o sofrimento severamente.

            Hoje a saudade nos faz mais uma visita, mas não vem acompanhada da tristeza como protagonista. Com corações mais confortados, dedicaremos este dia para relembrar os bons momentos que foram compartilhados e como a presença de uma pessoa tão querida foi capaz de transformar tantas vidas abençoadas.

          Que a dor da nossa perda possa ser diminuída um pouquinho a cada dia e que daqui para frente esta ausência seja capaz de fortalecer ainda mais os laços das amizades. O vazio que ficou jamais será preenchido, mas com a paz de Deus em nosso corações será bem menos difícil. O céu comemora hoje a chegada, de um amigo que vai para a vida eterna, uma pessoa muito querida, que para sempre estará na nossa memória e influenciará eternamente a nossa história.
Adeus Munhoz...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

UMA HOMENAGEM PARA O PROFESSOR MUNHOZ


                    Para Antônio Munhoz Lopes nossa homenagem! Estávamos indo as compras em um dos comércio que visitamos juntos com você, sua presença como sempre marca, seu semblante e sua gentileza fica gravado na memória de todos que te conhecem.  Foi assim, que em uma das semanas de janeiro de 2017, fomos surpreendidos ao voltar nesse local, e a proprietária disse: "a dias aguardo vocês, vejam o que encontrei daquele senhor chamado Munhoz! E aqui estamos te homenageando nessa data maravilhosa, 10 de fevereiro de 2017. Suas palavras escritas na entrevista feita pela @revistapeoplecirculando "Eu nasci assim... Eu cresci assim... Vou ser sempre assim... (Professor Antônio Munhoz Lopes) no quadro ELE RESPONDE. Aqui podemos sentir que hoje és bem mais amapaense... porque você inicia assim "Viver na cidade de Macapá pra mim é a plenitude da vida." Daí comprovamos a tua amapalidade!  Viva Munhoz avó da Literatura de Jorge Amado...! De Francisco, Mara e Bruna

quinta-feira, 10 de março de 2016

LEMBRANDO NOMES DE ANTIGOS PROFESSORES DE DIREITO

              Foi no ia 04 de outubro de 1959 que o professor Munhoz terminou seu curso de direito, pela velha faculdade de Belém. Depois veio a Macapá a convite de um irmão, o sargento Ayres, na época, que servia no Tiro de Guerra -  130. O professor veio a fim de passar apenas uns dias e por aqui ficou, até hoje, indo além do meio século. Quanto à Faculdade de Direto de Belém, pertenceu à Turma Clovis Beviláqua, de 1959, quando era presidente da República, Juscelino Kubitschek e governador do Pará o general Moura Carvalho e prefeito o Dr. Lopo de Castro. O professor ainda lembra de alguns de seus mestres: Dr. Aldebaro Klautau, de Direito Penal; Dr. Clóvis Meira, de Medicina Legal; Dr. Daniel Coelho de Sousa, de Introdução à Ciência do Direito, sendo o mais temido; professor Orlando Bitar, de Direito Constitucional, era um sábio, o mesmo se dizendo do professor Otávio Mendonça, que ministrava Direito Internacional privado. O ex-diretor mais querido, homenageado pelos alunos, foi o Dr. Antônio Gonçalves Bastos. E talvez o mais admirado, tendo sido o paraninfo da turma, o professor Joaquim Lemos Gomes de Sousa, que lecionou Direito Civil. O “Te-Deum” solene, com a benção dos anéis, foi na Basílica de Nazaré, e sessão de colação, no Teatro da Paz, teve como orador oficial o colega Jerônimo de Noronha Serrão. O paraninfo do professor Munhoz foi seu tio paterno Lauro Arias Lopes. Dos cinquenta que terminaram, o professor hoje pergunta: ”quantos ainda estão vivos? ”. Na foto acima, o professor Munhoz na tarde de domingo, 04 de outubro de 1959, no Teatro da Paz, em Belém, na cerimônia de sua colação de grau, em Direito, vendo-se a esquerda seu tio paterno.

DESCENDO A LADEIRA DO CASTELO DE SÃO JORGE, EM LISBOA


De construção anterior à fundação da nacionalidade, o Castelo de São Jorge é o monumento mais velho de quantos existem ainda em Lisboa. Mas como o conhecemos hoje, resulta de um arranjo das ruínas feito nos anos 30 pelo olisipógrafo Gustavo Matos Sequeira. Mas a origem muçulmana do castelejo, ou castelo primitivo, continua bem patente no seu traçado e torres de forma quadrangular. A alcáçova moura transformou-se em paço real cristão quando da reconquista da cidade, em 1147. E antes disso, o Castelo foi, certamente, uma fortaleza romana, protegendo uma cidade que já existia pelo menos desde o século II a.C. pois Estrabão conta que, quando o general romano Décimo Júnior Bruto veio fazer a primeira ocupação do território, encontrou uma cidade fortificada, um “oppidum”, em Olisipo. Memórias da Lisboa romana, que devem ser visitadas, dentro da Cerca Moura, são as ruínas do teatro, um pouco acima da Sé. A igreja da Santa Cruz do Castelo, do século XII, guarda uma estátua de São Jorge do século XVII. A Porta de Martin Moniz tem um nome de um cavaleiro que morreu para manter o portão aberto para as tropas de Afonso Henriques em 1147, havendo um busto seu no local. O terraço do castelo Proporciona uma das vistas mais espetaculares de Lisboa e do Tejo. E, na foto acima, vemos o professor Munhoz no dia 07 de julho de 1967, descendo a ladeira do Castelo de São Jorge, em Lisboa, ao lado de sua amiga Lúcia Lobão, aparecendo ao fundo a professora Maria das Dores Correia, grande mestra amapaense.

terça-feira, 1 de março de 2016

NAS RUÍNAS DE CONÍMBRIGA, EM PORTUGAL


                                             Conímbriga é o maior e o mais intensamente escavado sítio romano em Portugal, localizado na estrada romana entre Lisboa (Olisipo) e Braga ( Bracara Augusta), havendo provas da ocupação romana desde o século 2º a.C., mas tendo sido sob Augusto, por volta de 25 a.C., que Conímbriga se transformou em cidade, com termas, fórum e aqueduto. Mas os melhores edifícios são dos séculos 2º e 3º depois de Cristo, oferecendo uma imagem viva da próspera cidade. Em Conímbriga está uma das maiores casas do Império Romano do Ocidente já descobertas. As escavações oficiais foram iniciadas em 1912, mas uma boa parte do sítio de 130 mil m2 ainda está por ser explorada, incluindo um anfiteatro na parte norte. No século 3º. ou início do 4º., os edifícios foram saqueados e suas pedras usadas na construção de muralhas defensivas contra os bárbaros. Perto das ruínas há um museu que explica a história e a planta do lugar, fazendo parte do acervo bustos romanos, mosaicos e moedas, além de artefatos celtas mais antigos. E pode-se chegar ao sítio arqueológico por uma parte da estrada romana que levava à cidade pelo leste, à esquerda vendo-se delineadas lojas, termas e duas casas luxuosas, com pisos de mosaicos. Uma das belezas é o jardim central da Casa das Fontes, da primeira metade do 2º. século, com passarelas permitindo ter-se uma boa visão. Os mosaicos e as fontes raros remanescentes que dão nome à casa, mostram o bom gosto dos romanos em saber viver a vida. As piscinas, termas e saunas de Trajano eram alimentadas por uma fonte a 3,5 km de distância por um aqueduto subterrâneo, construído no tempo de Augusto. Na foto acima vemos o prof. Munhoz em Conímbriga, tendo sido levado pelo poeta português Manuel Correia Marques, seu amigo.

NO FANTÁSTICO PARQUE VIGELAND, EM OSLO, NA NORUEGA

                          Gustav Vigeland nasceu no dia 11 de abril de 1869, em Mandal, na Noruega, herdando a habilidade do pai como carpinteiro, mas foi a escultura que o fascinou quando jovem, tendo ele estudado tanto carpintaria quanto escultura em Oslo e Copenhague antes de passar vários meses em Paris, onde foi influenciado pela obra de Rodin. Suas esculturas, nas quais predominam bustos e relevos, com temas recorrentes de morte e da relação entre homens e mulheres, empregam um olhar naturalista, Vigeland dando também grande importância ao sentimento e à expressão, retratando figuras esqueléticas com ânimos contrastantes, de tristeza e êxtase. No fim do século XIX, duas mostras de suas obras receberam reações favoráveis dos críticos, mesmo assim Vigeland não conseguiu de início viver da arte. Mas os bustos que fez de importantes nomes noruegueses, como o do dramaturgo Henrik Ybsen, permitiram-lhe a partir de então a ganhar a vida como escultor e o levaram a se dedicar a um grande projeto que ocupou Vigeland pelo resto da vida: o Parque Frogner, agora chamado de Parque Vigeland, em Oslo, com mais de 200 esculturas ao ar livre, algo de fantástico, mostrando homens, mulheres e crianças correndo, brigando, dançando, enfim detendo-se na jornada do homem, do nascimento à morte, com o espetacular "Monólito escupido numa só coluna de granito de 17 metros de altura, contendo 121 personagens. Vigeland trabalhou nas esculturas para o parque em seu ateliê até a morte, em 12 de março de 1943, em Oslo, e a estátua que vemos acima foi fotografada por Tito Dominguez Nuñez há dois anos, mostrando um pai com seu filho, tendo sido a visita ao parque pelo professor Munhoz, na manhã de 20 de agosto de 2014.     

"RAIMUNDO MARQUES: "O XERIFE" "


                O jornal "Novo Amapá", de 12 de outubro de 1968, portanto, de 48 anos atrás, na coluna "Antônio Munhoz informa", dizia: "Conheço-o de pouco, o que não quer dizer que não o conheça bem. Talvez o conheça melhor do que ele próprio se conheça, embora ele pense diferente: "Acho que não me compreende ainda e sim, começa a compreender-me, se não me engano". Trata-se de Raimundo Marques Pereira, aluno do Colégio Amapaense, e, já na época era casado, trabalhando de dia e de noite, estudando no "melhor colégio do Território: o Padrão". Raimundo Marques afirmava que era contra a guerra do Vietnã, achava os Beathes irreverentes e "gostaria de viver num local pacato, próximo de uma cidade bem agitada, agitadíssima". Dos poetas brasileiros, admirava Manuel Bandeira e Carlos Drummond Andrade. E o "Pequeno Príncipe", de Saint-Exupéry, era o livro mais importante que havia lido até então, considerando-o uma obra-prima. Na época também havia acabado de ler "Você gosta de Brahms", de Françoise Sagan, e "Giovanni", de James Baldwin. Gostando de música e achando "o piano o rei dos instrumentos", muitas das declarações acima foram dadas ao som da "Sonata em Si Menor", op. 58, de Chopin, em execução brilhante de Brailowsky. E como naquele momento o professor Munhoz lia "Sete Palmos de Terra e um Caixão", de Josué de Castro, chegaram a discutir a miséria no Nordeste, ressaltando "não apenas o sofrimento do homem, mas também o sofrimento da terra". E dando uma explicação: o apelido de "xerife" veio de umas estrelas de cinco "vértices" que Raimundo Marques achava por bem de coloca-las em todos os seus cadernos. E na foto acima vemos o professor Munhoz na entrada do restaurante a "Tenda", perto do Colégio Amapaense, onde após a ultima aula de literatura nas sextas-feiras de noite, realizava recitais para seus alunos de 3º ano colegial. Raimundo Marques, o "xerife", está à esquerda da foto ao lado de Maria Façanha e Sueli Borges de Oliveira, suas colegas, lembrando com certeza "Os Timbiras", de Gonçalves Dias, figura maior da 1ª geração romântica, no Brasil.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O EX-ALUNO E AMIGO MANOEL COSTA


                 O professor Munhoz diz que não viu propriamente Manoel Costa nascer como pintor, mas o orientou nos primeiros passos, como seu amigo e, sobretudo, como seu professor de literatura, falando das grandes escolas de arte, dando preferência à Vanguarda Européia, com o Cubismo de Picasso, o Futurismo de Severini e Boccioni, o Abstracionismo de Kandinsky e do nosso Antônio Bandeira; assim como o Concretismo de Mondrian e do quase amapaense Aluísio Carvão, tendo aqui em Macapá realizado sua primeira exposição. E para ser completo, também falava do Suprematismo de Malevitch e até de uma exposição que viu em Barcelona, na Fundação Joan Miró, mostrando obras da Vanguarda Russa (1810 a 1930). Mas o seu entusiasmo era mais pelo Surrealismo de Delvaux, Dali e Chagall, e menos pelo Grafismo de Jackson Pollock, valorizando sobre tudo o nosso Modernismo, com Anita Malfatti, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral e Ismael Néri. E quando o professor realizou, em setembro de 1963, o I Salão de Artes Plásticas do Amapá, Manoel Costa foi o primeiro convidado, tendo desta exposição dito o poeta Alcy Araújo, que era "uma realização magnífica no campo de encontro de valores". No II Salão Manoel Costa esteve presente e no I Salão do Colégio Amapaense, 48 obras foram apresentadas, sendo 14 só do nosso artista, destacando-se" O baile", "Naufrágio", "Assassinato" e "Libertação", tela abstrata de "excelente efeito" e que hoje se encontra no acervo do professor Munhoz, aqui em Macapá. Na foto acima vemos o professor na manhã de 03 de junho de 2011, no recanto de sua casa, ao lado da tela que, segundo o autor, "foi um trabalho que marcou um período de transição, na sua pintura". Que Manoel Costa não se preocupe: a tela está com seu amigo!    

A MÚLTIPLA MARIA BONOMI


                                        O nome completo de Maria Bonomi é Maria Anna Olga Luíza Bonomi, nascida em Meina, na Itália, em 1935, tornando-se famosa como gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Vindo para o Brasil em 1946, fixou-se em São Paulo, sendo neta de Giuseppe Martinelli, construtor do primeiro arranha-céu da América Latina, o Edifício Martinelli, datado de 1929. E no início da década de 1950, Maria Bonomi estudou pintura e desenho com Yolanda Mohalyi e Karl Plattner. E em 1954, iniciou-se na gravura, com Lívio Abramo, realizando sua primeira exposição individual em 1956, na cidade de São Paulo, no mesmo ano recebendo uma bolsa de estudos da Ingram-Merrill Foundation. Também estudou no Pratt Institute Graphics Center, em Nova York. Paralelamente, na Columbia University, estudou gravura e teoria da arte. De volta ao Brasil, frequentou a oficina de gravura em metal de Johnny Friedlaender, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1959. Em 1960, em São Paulo, fundou o Estúdio Gravura, com Lívio Abramo, de quem foi assistente até 1964. A partir dos anos 1970, passou a dedicar-se também à escultura, produzindo também grandes painéis para espaços públicos. Em 1999, defendeu sua tese de doutorado:"Arte Pública. Sistema Expressivo/Anterioridade", na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP. Maria Bonomi é uma das personagens mais retratadas pelos autores Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral na minissérie "Um Só Coração" exibida em 2004 pela Rede Globo, tendo sido interpretada pela atriz Maria Luíza Mendonça. Maria Bonomi participou da 36ª Bienal de Veneza, em 1972; da 2ª Bienal de Havana em Cuba, em 1986; da 11ª Bienal Ibero Americana de Arte Litografia del Fin de SIGLO a 200 Años de su Invención, no Museo del Palacio de Bellas Artes, na cidade do México, em 1998. No Brasil, Maria Bonomi continua participando frequentemente de exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro. E na foto acima vemos o professor Munhoz entre esculturas de Maria Bonomi, na exposição "Presença" (sucata), numa galeria da av: Paulista, na manhã de 13 de outubro de 1998.         

PROFESSOR MUNHOZ: "70 ANOS" + 14


                        Isaac Soares, colunista social, e um dos ícones de Belém, na festa de seus 400 anos, na edição de "O Liberal", de domingo, 17 de fevereiro de 2002, com o título de "70 anos", escreveu: "Mestre de várias gerações, intelectual, critico de arte brilhante, Antônio Munhoz está completando 70 anos. Radicado em Macapá há vários anos, onde se destaca nos setores da Educação e Cultura e onde também conquistou um expressivo número de amigos, Munhoz fez questão de comemorar a chegada de seus 70 anos em Belém, com os familiares e amigos que tem na capital paraense. Ele vai comemorar seu aniversário com um jantar no Restôr do Parque da Residência, onde estarão certamente, destacados nomes da sociedade e do circulo de amizades do estimado aniversariante."  E depois de 14 nos, a partir de 2002, o professor Munhoz chega agora aos 84, ainda amando a vida e a cidade onde mora há 56, pois chegou por aqui em outubro de 1959. E, como lembrou Douglas Lima, Editor - chefe da revista "Diário, edição de março do ano passado, ele "anda pelo mundo todo, mas nunca deixa de morar em Macapá, onde tem casa construída; no entanto mora de aluguel e já tem inclusive onde repousar, quando se for da face do planeta Terra: Um mausoléu construído no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no centro da capital". E embora tenha um grande amor pela cidade que também o preza e pelas viagens que ainda faz, seu aluno Haroldo Franco chamou-o de "Cidadão do Mundo". Em cima vemos a foto com o professor Munhoz cortando o bolo presente de sua amiga Cissa Macedo, na tarde de 10 de fevereiro ultimo, Quarta-feira de Cinzas e dia de Santa Escolástica, irmã de São Bento, fundador dos monges beneditinos.  

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

NA "BANDA", EM MACAPÁ, HOJE



                        O Carnaval, para muitos historiadores, tem início na Grécia, em meados dos anos 600 a 520 a.C., quando os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção, passando a ser depois uma comemoração adotada pela Igreja Católica, em 590 d.C., antes da Quaresma, tendo sido também um período de festas regidas pelo ano lunar, no cristianismo da Idade Média. Quanto ao Carnaval moderno de desfiles em fantasias é produto da sociedade vitoriana do século XX, tendo a cidade de Paris como principal modelo exportador da festa de Momo para o mundo inteiro. O carnaval do Rio de Janeiro está no Guinness Book como o maior do mundo e o "Galo da Madrugada", do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo. Estritamente falando, o carnaval tem a duração exata de três dias que antecedem a quarta-feira de cinzas, que é o primeiro da Quaresma, tempo de penitência. Em Macapá, a "Banda" é o maior bloco de sujos da cidade, levando milhares de brincantes às ruas, evento que só tem por fito reverenciar o rei Momo. A Banda é reconhecida hoje como patrimônio da cidade. E segundo Savino, seu presidente, ela quer ser atuante durante outras épocas do ano, sendo a proposta montar uma sede social onde funcionará um auditório para eventos e espaços para aulas de informática para crianças da rede pública de ensino e aulas de capacitação profissional para jovens. E acima o professor Munhoz em plena Banda, tendo ao seu lado dois dos maiores brincantes: Dos Anjos e Cutião (Claudionor Monteiro Lima), o criador da boneca Chicona.      

PROFESSOR MUNHOZ: 84 ANOS DE VIDA



                        Isaac Soares, colunista social e um dos ícones de Belém, na festa de seus 400 anos, na edição de "O Liberal", de domingo, 17 de fevereiro de 2002, com o título de "Setenta Anos", escreveu "Mestre de várias gerações, intelectual, crítico de arte brilhante, Antônio Munhoz está completando 70 anos. radicado em Macapá à vários anos, onde destaca-se nos setores da Educação e Cultura e onde também conquistou um expressivo número de amigos, Munhoz fez questão de comemorar a chegada de seus 70 anos em Belém, com os familiares e amigos que contém na capital paraense. Ele vai comemorar seu aniversário com um jantar no Restôr do Parque da Residência, onde estarão certamente, destacados nomes da sociedade, do círculo de amizades do estimado aniversariante". E depois de 14 anos, a partir de 2002, o professor Munhoz chega agora aos 84, ainda amando a vida e a cidade onde mora há 56, pois por aqui chegou em outubro de 1959. E como lembrou Douglas Lima, Editor-Chefe da revista "Diário", edição de março da ano passado, ele "anda pelo mundo todo, mas nunca deixa de morar em Macapá, onde tem casa construída; no entanto mora de aluguel e já tem inclusive onde repousar, quando se for da face do planeta Terra: Um mausoléu construído no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no centro da capital". Embora tenha um grande amor pela cidade, onde mora, há 56 anos, o professor Munhoz foi chamado de "Cidadão do Mundo", pelo jornalista Haroldo Franco, seu ex-aluno e em cima vemos um retrato do professor Munhoz, mostrando não só como professor de literatura, mas também de alegria, sendo cultor do deus Momo.  

NO MUSEU LASAR SEGALL, EM SÃO PAULO



                          Depois da morte de Lasar Segall, em 02 de agosto de 1957, com 66 anos, a família do artista iniciou o trabalho de reunir e divulgar a sua obra, na mesma casa onde ele viveu, em Vila Mariana, rua Berta, 111, em São Paulo. E para quem não tem conhecimento, Segall nasceu em 1891, em Vilna, na Lituânia, sendo o 6º filho de uma prole de 08. Com 15 anos foi para a Alemanha, onde continuou seus estudos em arte. Em 1912 veio pela primeira vez ao Brasil, e em 1913, ao mostrar seu trabalho em São Paulo e em Campinas, realizou no país as primeiras exposições de arte moderna. Ao voltar à Europa, foi recolhido a um campo de prisioneiros, e em 1919, de novo em Dresden, constituiu com outros artistas o Grupo Secessionista de Dresden, sendo desde essa época a gravura, a principio em metal, depois em pedra em madeira, de grande importância em sua obra. Em 1923, quando esteve pela segunda vez no Brasil, e em 1926 casou com a tradutora brasileira Jenny Klabin, modelo de muitas de suas telas. Em 1932, definitivamente radicado em São Paulo, foi um dos fundadores da Sociedade Paulista de Arte Moderna. De 1944 é seu álbum "Mangue", com uma litografia e três xilogravuras, impresso no Rio de Janeiro, com textos de Manuel Bandeira, Jorge de Lima e Mário de Andrade. A bienal de São Paulo dedicou-lhe salas especiais em 1951, 1955 e 1957, esta ultima póstuma e no jardim interno do Museu Lasar Segall, em São Paulo, na Vila Mariana, vemos o professor Munhoz na tarde de 10 de agosto de 2001, em foto de Tito Dominguez Nuñes.       

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O PROFESSOR MUNHOZ E O "COLAR DO MÉRITO JUDICIÁRIO"


                       No "Diário do Amapá", edição de 19 de junho de 1997, em "Nota 10", José Marques Jardim, da Editoria de Cultura, anunciava:"O professor Antônio Munhoz Lopes recebeu esta semana, do Tribunal de Justiça do Amapá, o "Colar do Mérito Judiciário", e mais adiante afirmava que "a honra foi passada pelo presidente do TJ.AP, desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, que foi aluno de Munhoz, tido como um dos decanos da cultura local, responsável pelas primeiras manifestações artísticas num tempo em que fazer arte era bem mais difícil que hoje", e frisava que ele "organizou o I Salão de Artes Plásticas do Amapá, sendo seus amigos "poetas, escritores, pintores, escultores e todos os que fazem da arte uma maneira de vida", citando o nome do padre Fulvio Giuliano, "que além de religioso era um dos maiores pintores que por aqui passaram". Também fazia menção às viagens do professor pelo mundo, afirmando que de Portugal à Índia viu de perto as maravilhas deixadas por outras eras, como as Pirâmides, no Egito, o Pártenon na Grécia, na Acrópole; o Coliseu, em Roma; esteve em Rodes, mas não viu o Colosso derrubado por um terremoto, no século VII D.C.; em compensação, esteve no Taj Mahal, em Agra, na Índia, considerado como o mais edifício do mundo, sendo o túmulo de Mumtaz Mahal, que morreu ao dar à luz o décimo quarto filho do casal em 19 anos; sendo outra maravilha o templo de Borobudur, em Java, na Indonésia. Do desembargador Gilberto Pinheiro vimos, há pouco o livro que deu de presente ao professor Munhoz, nos seus 82 anos, declarando-se ainda seu aluno. Na foto acima, vemos o professor Munhoz, o hoje desembargador Carlos Tork e a Dra. Raimunda Clara Banha Picanço também sua ex-aluna.    

19 PINTURAS DE FRANCESCO GUARDI (1712-1793)



                        Numa carta do professor Munhoz escrita em Charneca da Caparica, Portugal, no dia 15 de julho de 1990, e enviada para seu amigo Edwaldo Martins, em Belém, ele conta que esteve no átrio da biblioteca do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, assistindo a um concerto com peças de Weber e Mozart, revendo depois as 19 pinturas de Francesco Guardi que, no dizer de Rudolfo Pallucchini, formam "um conjunto único no mundo, nem um outro museu possuindo um tão elevado número de obras deste artista de tanta qualidade". São "vedute" e "capricci" do pintor veneziano do século XVIII, conjunto executado a partir de 1760-1765. E frisa que, para "quem conhece e ama Veneza, a coleção da Gulbenkian é um deleite", sobretudo "porque Veneza é, de fato, aquilo que Francesco Guardi nos mostra: Uma cidade fantástica e quase irreal, uma das mais belas do mundo, sem esquecer Paris, São Petersburgo e Praga". Das 19 obras, a única assinada, na tabuleta de uma loja, é "O Grande Canal junto à Ponte do Rialto". Uma pletora de magia encontra-se na beleza que é "A Festa da Ascensão na Praça de São Marcos", como "A largada do Bucentauro", que mostra a cerimonia do casamento de Veneza com o Adriático, o Doge lançando um anel ao mar. "O universo de Guardi é um sonho e o mundo da arte é mágico e produz a bilocação: Estou aqui e estou lá, vivendo a mesma realidade, entre canais, palácios e uma gôndola, que me leva suavemente para uma de suas igrejas". Acima, a Piazza San Marco, na visão de Francesco Guardi, e descrita por Napoleão como "a mais elegante sala de estar da Europa".

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"OS EMBAIXADORES", DE HANS HOLBEIN, O JOVEM



                   O professor Munhoz conhece os maiores e melhores museus do mundo, e em Londres, no qual passa mais tempo, admirando suas maravilhas, é na riquíssima National Gallery, inaugurada  no início do século XIX, onde há quadros extraordinários do início do Renascimento. E da Renascença alemã tem preferência pelo quadro "Os Embaixadores", de Hans Holbein, o Jovem, mostrando os retratos verdadeiros de Jean de Dinteville e Georges de Selve, ambos enviados como embaixadores da França à corte inglesa. A diversidade de roupagens indica que o pintor também quis fazer a sua representação moral da vida ativa e da contemplativa. E muitos pormenores dão-nos uma minuciosa informação sobre os protagonistas. É indicada a idade de cada um deles, e, entre os objetos expostos sobre a estante, é possível ler a data, o dia e a hora, Holbein não omitindo qualquer detalhe nos, aparentemente, desordenados instrumentos e objetos colocados nas duas estantes, indicando o profundo interesse pelas ciências e pelas artes que os dois jovens franceses demonstram. Na prateleira de cima, coberta com um tapete da Anatólia, estão vários instrumentos de medida do espaço e do tempo, e na prateleira de baixo em frente do alaúde com a corda quebrada está aberto um livro de hinos de Lutero. No chão, de tipo romano quanto à decoração, aparece numa anamorfose um crânio humano, prova da competência figurativa do pintor. Em 1535, Holbein realizou o seu sonho: o de se tornar o pintor da corte de Henrique VIII. "Os Embaixadores," de Hans Holbein, cuja reprodução vemos acima, está, desde 1890, em Londres, e é uma das preciosidades do grande museu que é a National Gallery          

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHOZ LOPES (VI)





              I-"Prezado Munhoz: Creio que somos o que os franceses chamam de "les derniers abencerrages": os últimos resistentes a privilegiar o manuscrito ao invés de digitalizar o texto no computador. Claro que me recordo da Sílvia Mara Brasil. Não conheço infelizmente de Fernando Canto o livro "Adoradores do Sol" no qual fala sobre a morte do Bogea."- Maiolino Miranda, Belém, 19 de abril de 2010; II-"Querido amigo: Como vê, estou com o papel de carta do hotel em que nos hospedamos em Kioto, na maravilhosa viagem em que nos conhecemos. Kioto foi o ponto alto no Japão: Um charme só, belíssimos templos e um aeroporto de arquitetura contemporânea, com design de primeira". - Silvana Salerno Rodrigues, São Paulo, 24 de maio de 2009; III-"Munhoz: Misael manda lembranças e ele deseja muita saúde e paz, e admira o seu trabalho mesmo depois dos 80 anos". - João Antônio Leal Filho, Salvador-Bahia, 17 de agosto de 2013; IV-"Munhoz: Que bom que dás nossa literatura! E nossa arte! Para isso nasceste: És um sábio, um estudioso e deves partilhar com os outros o tesouro que tens"- Lindanor Celina, Paris, 05 de junho de 1984; V-"Caro amigo António: Você é um felizardo por ter tantos bons amigos!"- Afonso Offerman, Quinta da Morgadinha, Lazarim, Portugal, 25-07-06; VI-"Estimado professor Antônio: Mando para o senhor essa imagem de Nossa Senhora retocada por Santo Afonso. Já faz dois anos que não realizo nenhuma obra de arte". - Irmão Mathias do Espírito Santo, Deliceto, Itália; VII-"Oi, amigão, um abração e uma felicidade inflacionária pr'oce"- Vera Lúcia Pinheiro da Costa, Itaperuna-RJ. E como o Carnaval mais se aproxima, vemos o professor Munhoz já com os enfeites próprios das festas de Momo!     

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

MUNHOZ NA DISNEY, COM O MICKEY


                           No dia 18 de novembro do ano passado, Mickey Mouse, o ratinho mais famoso do mundo, completou 87 anos de existência, tendo sido "Steamboat Willie" seu primeiro filme e sua terceira aparição depois de "Plane Crazy" e "The Gallopin'Gaucho" ambos de 1928. Com suas orelhas e risada característica, Mickey foi um dos primeiro personagens criados por Walt Disney e considerado um dos desenhos mais clássicos de estúdio. Por oito décadas continua divertindo gerações, inclusive acompanhando inovações da 7ª Arte. Apaixonou-se pela Minnie e conquistou novos amigos, como o Pato Donald, mas nunca deixou de ser a cara da indústria Disney, inclusive sendo a voz original do seu próprio criador, hoje dublada por Bret Iwan. No curta primitivo, Mickey era fascinado por música e trabalhava num barco a vapor. Depois de promover uma verdadeira sinfonia dentro do barco, foi chamado pelo chefe e condenado à tarefa de descascar batatas, não esquecendo de que, no inicio, Mickey foi batizado de Mortimer, bebia e fumava, mas com a popularidade que ele ganhou em pouco tempo, Walt Disney resolveu torná-lo politicamente correto, com seu calção vermelho e sapatos amarelos. E quem for ainda hoje a Hollywood verá na Calçada da Fama uma estrela em sua homenagem, quando fez 50 anos, em 1978, sendo a primeira desse gênero a um desenho animado. Mickey posou para fotografias com praticamente todos os presidentes americanos, a partir de Harry Truman, só Lyndon Johnson fazendo exceção. E no retrato acima vemos o professor Munhoz, numa de sua viagens à Disney Word, ao lado do rato que não é só um ícone da cultura americana, mas a imagem de um dos grandes impérios do marketing mundial.  

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHOZ LOPES (V)



             I- "Munhoz, espírito elevado, combativo e de cultura invejável". - Terêncio Furtado de Mendonça Porto, ex-governador do Amapá. Rio de Janeiro, 01 de junho de 1964; II-"É sempre um ato de orgulho este de conviver e ser amigo do professor Munhoz". - Dr. Eduardo Augusto Costa in "A Gazeta", Macapá, 06 de junho de 2010; III- "Aqui em Macapá ninguém ousa fazer qualquer movimento de cultura sem a participação do professor Munhoz; seria uma falta de bom senso". - Élson Martins, "A Voz Católica", 13 de agosto de 1969, IV- "Estrela de altíssima grandeza no Amapá, o amigo Antônio Munhoz é culto, viajado, autêntico andarilho das artes". - Acyr Castro, "A Província do Pará", 28 de agosto de 1990; V- "Ao querido e admirável amigo Munhoz, com os votos de sua amiga Consuelo Baleixo - Belém-Pará". 12.02.2012;    VI-"Penso que o professor Munhoz deve sentir-se muito satisfeito ao verificar o percurso bonito de toda essa juventude que fez parte de muitos dias de sua vida. É mesmo uma grande riqueza essa enorme multidão de afetos que sabe que existe e que de vez em quando se desvela aos olhos e ao conhecimento público do meu amigo". - Prof. Manuel António Gonçalves, Lisboa, 19 de novembro de 2013; VII-"Graças a Deus ainda existem amizades como a nossa, já com o selo do áureo jubileu. Aprendo muito com suas cartas". José Humberto Gomes de Oliveira; Capistrano-Ceará, 25 de julho de 2014. Na foto acima vemos o professor Munhoz no último carnaval, no sambódromo, na escola de samba "Solidariedade", homenageando seu ex-aluno e amigo desembargador Gilberto Pinheiro.  

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

ALGUMAS DATAS IMPORTANTES NA VIDA DE UM MESTRE



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                                    O professor Munhoz está perto de fazer 84 anos, pois nasceu em fevereiro de 1932, em Belém do Pará. Em outubro fez 56 anos só de Macapá, pois aqui chegou em 1959, após o término de seu curso na velha Faculdade de Direito de Belém, exercendo entre nós o cargo de delegado da Dops, a convite do governador Pauxi Nunes. Com a chegada de José Francisco de Moura Cavalcanti, foi nomeado diretor do Colégio Amapaense, o "Colosso Cinzento" de outrora, onde foi professor por 20 anos interruptos. Em 1963 outra nomeação pelo governador Terêncio Furtado de Mendonça Porto: diretor da Divisão de Educação. Também dirigiu o Conservatório Amapaense de Música , tendo sido colocado em 06 de julho de 1967 à disposição da Justiça Federal de Primeira Instância. Em outubro de 1969 foi escolhido, por um júri, o "Mestre do Ano", recebendo, na ocasião, uma caneta de ouro. Realizou vários salões de artes plásticas, tendo sido o primeiro em setembro de 1963, como parte dos festejos comemorativos do 20º aniversário de criação do Território Federal do Amapá. Amante do cinema, Luzia Miranda Álvares, no "Liberal", de 29 de dezembro de 1972, chamou-o "de um dos pioneiros da verdadeira crítica cinematográfica no Pará", ele escrevendo no jornal católico "A Palavra". Também faz parte do livro "A Crítica do Cinema em Belém" (Gráfica Falângola Editora Ltda. 1983). Capítulo importante na sua biografia são as viagens que continua fazendo pelo mundo, desde 1967, tendo sido chamado pelo seu aluno Haroldo Franco de "Cidadão do Mundo". Para o poeta e jornalista Carlos Cordeiro Gomes, os cabelos brancos do professor Munhoz são "as marcas de uma lida dedicada ao ensino de gerações de amapaenses". A foto acima foi tirada no navio Costa Fascinosa, em 2012, quando comemorou seus 80 anos de existência, esperando agora chegar aos 90 anos. 

O BIG BEN, COM SUA PONTUALIDADE... BRITÂNICA



                      Em Londres, o professor Munhoz nunca deixa de visitar a Tate Gallery, com o "Beijo", escultura de Rodin; "As três dançarinas", de Picasso, e também as pinturas de Turner, na Clore Gallery, admirando depois no British Museum a Pedra de Rosetta, em greco, demótico e hieróglifos, descoberta por soldados de Napoleão em 1799. Na Galeria Nacional entra nem que seja só para rever "Os Embaixadores", de Hans Holbein, e "O casamento dos Arnolfini", de Jan van Eyck. Enfim, não perde um minuto, vendo e revendo tudo que é possível, não escapando nem o Big Ben, nome pelo qual é conhecido o sino instalado no Palácio de Westminster durante a gestão de Sir Benjamin Hall, ministro de Obras Públicas da Inglaterra, em 1859. E por ser alto e corpulento ganhou o apelido de Big Ben, hoje o termo também sendo usado para se referir à torre do relógio, onde está o sino que toca a cada hora, quatro menores soando a cada 15 minutos, e agora a estrutura sendo conhecida por "Elizabet Tower", para comemorar o jubileu de diamante da rainha Elizabethe II pelos seus 60 anos de reinado. O Big Ben é o segundo maior relógio de quatro faces do mundo, sendo o primeiro o da prefeitura de Minneapolis, nos Estados Unidos. Não se pode ir a Londres sem visitá-lo, pois é um ícone britânico em todo o mundo por sua precisão. Nos quartos de hora quatro sinos menores tocam melodia baseada no "Messias" de Handel. E na foto acima vemos o professor Munhoz no dia 11 de julho de 1997, em Londres, tendo ao fundo o ícone da cidade que já tem mais de 150 anos com sua precisão.      

domingo, 13 de dezembro de 2015

A BELEZA DE NOTRE-DAME, EM PARIS


                             No dia 22 de agosto, quando a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha, instituída por Pio XII, em 1955, o professor Munhoz lembrou de duas igrejas famosas dedicadas à Mãe de Deus: a Basílica da Anunciação, em Nazaré, na Galileia, erguida em 1969 sobre as ruínas da igreja bizantina original, sendo atualmente o maior templo católico do Oriente Médio, com sua imensa cúpula, e a igreja de Notre-Dame, em Paris, na Ile de la Cité, berço da cidade, tendo o papa Alexandre III colocado a primeira pedra em 1163, iniciando 170 anos de trabalhos de milhares de arquitetos e artesãos medievais, tornando-a numa obra-prima gótica, erguida sobre um antigo templo romano. Concluída em 1334, quase foi destruída durante a Revolução Francesa, pois foi saqueada e transformada em templo ao culto da Razão e depois em depósito de vinho. Napoleão restaurando a religião em 1804, o arquiteto Viollet - le - Duc recuperou o edifício, repondo estátuas perdidas, erguendo a torre - agulha e refazendo as gárgulas, a igreja voltando a ser o coração do país, tanto geográfica como espiritualmente, sendo aconselhável entrar no templo pela porta oeste, esculpida na Idade Média, com apresentações da vida de Nossa Senhora, o Julgamento Final e a vida de Sant'Ana. Em Notre-Dame, são Luís guardou por muito tempo a coroa de espinhos de Cristo, e ali, em 1804, Napoleão foi coroado imperador. Acima, vê-se a beleza de Notre-Dame, cuja foto foi tirada em 2011, por José Serur Yedio, num deslumbramento de luzes.                   

A "DAMA COM O ARMINHO", DE LEONARDO DA VINCI

                  Se a "Mona Lisa" é o retrato de Lisa Gherardini, a pintura mais famosa do mundo, no ano de 1485 Leonardo da Vinci iniciou outra obra-prima, que é também um retrato, mas de Cecília Gallerani, a "Dama com o arminho", encomendada por Ludovico Sforza e cujo original se encontra no Museu Czartoryski, de Cracovia, e que também prima pela beleza. Muitos historiadores afirmam que Cecília era uma das muitas amantes do "Mouro", sendo não só jovem e bela, mas de boa família, falando fluentemente o latim, escrevendo poemas, cantava e "seguia, com obstinada prudência, o difícil caminho dos labirintos da corte". E Richard Friedenthal, numa biografia de Da Vinci, lembra que no retrato de Cecília uma fria determinação é expressa nos traços do quadro, pela boca fechada, que só mostra a sombra mais suave de um sorriso, e pela cabeça energicamente voltada. O poeta da corte, Bellincioni, escreveu um soneto sobre o "Retrato da madona Cecília", pintado pelo mestre Leonardo, com as costumeiras frases sobre a natureza, que deveria estar em ciumada com esta cópia viva". Em 1991, a National Gallery de Washington expôs 22 obras-primas do mestre italiano e a maior atração foi a tela cuja reprodução vemos acima, descrevendo o modelo como alguém na atitude de escultar e não de falar. A última vez que o professor Munhoz viu está obra de Leonardo da Vinci, foi em julho de 2011, na exposição"Polônia, tesouros e coleções artísticas", no Palácio Real de Madri, o quadro por sua profundidade psicológica sendo considerado um dos primeiros retratos modernos da história da pintura.         
       

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHOZ LOPES (IV)



                  I- "Advogado, crítico de cinema, professor, jornalista, Antônio Munhoz é dessas pessoas que a gente gosta de conversar horas a fio, sem correr o risco de ficar entediada." - Elanir Pessoa in "A Província do Pará", 17 de fevereiro de 1969; II- "Culto, viajado, autentico andarilho das artes, sensibilíssimo, passar duas, três horas ao lado do Munhoz,  ouvindo-o, é ganhar um mundão de meu Deus"- Acyr Castro in "A Província do Pará"; III- "Uma das figuras mais nobres da educação e cultura do Amapá é o professor Antônio Munhoz Lopes. Ele faz parte da História de vida de muitos amapaenses" - Isabelle Braña in "Tribuna Amapaense", 04 de outubro de 2008; IV-"Munhoz, essa grande figura do meio intelectual amapaense, entre outras grandes virtudes que possui, tem a de repartir com os outros as belas coisas que vê e que aprende por aí". Hélio Penafort in "A Província do Para", 08 de setembro de 1991; V"Antônio Munhoz Lopes, conhecido mestre que, além de ser uma reserva cultural não apenas do Amapá mas da Amazônia, dedicou toda a sua vida  `a educação no antigo Território, hoje Estado do Amapá" in "Jornal do Povo", 18 de junho de 1997; VI- "Munhoz é Patrimônio do Amapá e do seu povo. Aqui educou e ensinou muitas gerações. Aqui semeou cultura e por isso é digno de ser reverenciado em qualquer lugar em que circule no Amapá". Alcilene Cavalcante in "Repiquete no Meio do Mundo", 29/09/2008. Acima o professor Munhoz recentemente em Lisboa, na manhã de 23 de julho de 2015.       

terça-feira, 1 de setembro de 2015

OITO ANOS DA MORTE DO PADRE FULVIO GIULIANO


           Numa carta escrita em Macapá, no dia 12 de junho de 2007, o professor Munhoz dizia à sua amiga Dióris Pinto Guimarães, proprietária da "Debret Galeria de Arte", em Belém: "A notícia que eu vou dar, mas que não gostaria: "Perdi meu grande amigo Fulvio Giuliano". Faleceu no dia 05, às 10h30, num hospital de Gênova, na Itália. Estava com 68 anos, pois nasceu em Milão, em 06 de março de 1939" e recordava:"Aqui em Macapá chegou em junho de 1962, no dia de São Pedro, tendo no ano seguinte participado do I Salão de Artes Plásticas do Amapá, organizado por mim. E, no mesmo ano, recebeu Menção Honrosa no I Salão de Artes da Universidade do Pará com o quadro "Arraial de Nazaré em Macapá". Também participou II e III Salões de Artes Plásticas ainda por mim realizados, como se fez presente no I Salão de Artes Plásticas do Colégio Amapaense, todavia sendo ponto alto a retrospectiva que fiz de sua obra em 1983. Voltou à Itália em 1985 por motivo de saúde. Seus funerais foram realizados na manhã de 07, dia de Corpus Christi, em Nervi, às 11h45". E recordava ainda:"Antes de ser sepultado no cemitério da Grugana, dos padres da sua ordem, fizeram uma parada no Seminário Teológico de Monza, onde, por muitos anos foi diretor espiritual". Lembrava sua última carta de 14 de maio, onde ele dizia:"Não ando bem de saúde, e as forças para trabalhar vão cada vez mais diminuindo". O professor Munhoz concluía:"Embora levasse uma vida santa, de oração e trabalho, como artista acreditava que a beleza salvará o mundo". Na foto acima, o "buffet" para o jantar que o professor Munhoz ofereceu ao amigo na última vez em que esteve em Macapá, na sua casa da Leopoldo Machado. 

MAIMÔNIDES: O MAIOR DOS PENSADORES JUDEUS MEDIEVAIS




           Moisés ben Maimon, conhecido como Maimônides, nasceu em Córdoba, na Espanha, em 30 de março de 1135, tendo pertencido a uma ilustre família de eruditos e, em idade ainda tenra, assombrava seus mestres com a amplitude e profundidade de seu saber. Considerado unanimemente o maior dos pensadores judeus medievais, Maimônides exerceu grande influência tanto no meio hebraico como fora dele, procurando conciliar os princípios religiosos com o conhecimento fundado na razão. E a Andaluzia ocupada pela seita dos almôadas, Maimônides mudou-se para Fez, no Marrocos, emigrando depois para o Egito, onde viveu o resto de sua vida, dedicando-se aos estudos talmúdicos e filosóficos e ao exercício da medicina, em que se distinguiu a ponto de ser chamado a integrar a corte do sultão Saladino. Sua obra é prolífica e, no terreno estritamente religioso são notáveis os comentários em árabe sobre a Mischná, codificação tradicional da lei judaica, que sintetizou e esclareceu, e outro em hebraico sobre o Talmude, texto básico da religião judaica. Todavia, o maior tratado filosófico de Maimônides, escrito originalmente em árabe, é o celebre "Guia dos Perplexos, em que trabalhou durante 15 anos, inspirando depois não só a Santo Tomás de Aquino, "o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios", o "Doctor Angelicus", como a Spinoza e Leibniz, no século XVII. Maimônides morreu no Egito, em 13 de dezembro de 1204, sendo enterrado em Tiberíades, na Palestina. Seu túmulo ainda hoje é lugar de peregrinação para o povo judeu. Acima, vemos o professor Munhoz ao lado do monumento a Maimônides, na "Rua do Judeus", em Córdoba, na Espanha, na manhã de 27 de junho do ano 2000.      

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHOZ LOPES (III)


I - "O amigo Antônio Munhoz Lopes é uma das expressões de cultura que Macapá tomou de Belém" - Edwaldo Martins in "A Província do Pará", 18 de janeiro de 1989; II- "O ilustre mestre Antônio Munhoz é navegador incansável e defensor da cultura universal". - Nilson Montoril, Macapá, 28 de dezembro de 2004; III- "O professor Antônio Munhoz é expressão da intelectualidade amapaense." - Professor José Benevides, 10-11-1981; IV- "Antônio Munhoz Lopes é um dos pioneiros da verdadeira crítica cinematográfica no Pará"- Luzia M. Álvares in "O Liberal", de 29 de dezembro de 1972; V- "Antônio Munhoz Lopes é decano da cultura amapaense, intelectual de primeira linha". - Sérgio Silva, "Tribuna do Amapá, 24 de fevereiro de 1998; VI- "Nascido no dia 10 de fevereiro de 1932 - em plena quarta-feira de cinzas - Munhoz sempre foi uma pessoa de caráter digno". - Isabelle Braña, in "Tribuna Amapaense", 21 de fevereiro de 2009; VII- "O professor Munhoz é pessoa tão culta, professor tão exemplar a ponto de ser uma referência cultural para todo o Estado do Amapá". - Carlos Bezerra in "Diário do Amapá", 11 de fevereiro de 2005; VIII- "Eu acho que o Munhoz é um cidadão acima de qualquer suspeita. Aliás um cara com uma contribuição ao Território imensurável a ponto de já merecer estátua". - Ronaldo Picanço in "Jornal do Amapá", 06 de novembro de 1977; IX- "O professor Munhoz é, sem duvida, um dos mais gabaritados conhecedores da arte, literatura e cultura universal, no Estado do Amapá. - Rita Torrinha, in "A Gazeta", 05 de outubro de 2003; X- "O professor Munhoz ostenta o currículo e as glórias de ter contribuído, ao longo de décadas, à formação humanística de varias gerações de amapaenses. Um orgulho da cidade. Um ser humano que vale a pena conhecer de perto". - Bonfim Salgado in "Diário do Amapá", 19 de novembro de 1995. Acima, o professor Munhoz, em Lisboa, na manhã de 22 de julho agora de 2015.        

sábado, 13 de junho de 2015

A "MONA LISA", DE LEONARDO DA VINCI


          A "Mona Lisa" ou "Gioconda" é o retrato mais famoso da história da arte, atraindo ainda hoje milhões de pessoas ao Museu do Louvre, em Paris, onde se encontra, tendo sido comprado pelo rei Francisco I, por 4 mil moedas de ouro. O marido de Lisa, Francesco del Giocondo, teria casado, quando ela estava com apenas 15 anos, e juntos tiveram 5 filhos. Há unanimidade em que Lisa era uma mulher de virtudes e a obra de Leonardo é um retrato de suas qualidades, enfatizadas pela forma como dispôs as mãos - a direita pousada sobre a esquerda - e a roupa que usa considerada como simbolo de ascensão social. Em 2005, um investigador da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriu uma anotação na margem de um livro de Cícero, que confirma a protagonista do quadro como sendo Lisa del Giocondo. A anotação, de 1503, compara Da Vinci a um grande pintor clássico e dizia que, no momento estava a pintar o retrato de Lisa. Agora um grupo de arqueólogos admite ter descoberto os restos mortais de Lisa Gherardini, como então se chamava a musa do sorriso enigmático, que passou a viver num convento perto de Florença, após a morte do marido em 1600. O sorriso misterioso de Lisa Gherardini já foi considerado "cruel", "sorriso impiedoso de uma mulher que subjuga o homem", mas Walter Pater viu nele uma radiante amabilidade ou "a alma moderna, com todos os traços patogênicos". Pintado em quatro anos, Richard Friedenthal vê no sorriso da Gioconda "o sorriso de Leonardo", afirmando ainda que "cada época e cada observador dará ao quadro um novo significado, e nisso repousa sua grandeza. Acima, a Mona Lisa, com seu misterioso sorriso.     

EM "QUASE MINISTRO" ERA FILHO DAS MUSAS"



            Numa quebradiça folha de papel almaço, sem data, que acabamos de encontrar, o professor Munhoz diz:"Todos os minutos têm sido importantes na minha vida e hoje, mais do que nunca, vivo intensamente, tirando a essência do ato de existir". E pergunta:"Será que vai haver um depois, um amanhã? Quem pode afirmar?" Também confessa:"Nunca deixei para amanhã o que posso fazer agora, pois o que passa, não volta mais. Daí que viver o momento presente, é essencial". Conta quando nasceu, sua chegada a Macapá, seu trabalho na Polícia e não esquece de um festival de teatro em Belém, com duas peças de Machado de Assis: "Lição de Botânica" e "Quase Ministro", recordando saudoso:"Eu fazia o papel de Carlos Bastos, "filho das musas" e ressaltava que "a poesia era irmã carnal da política, porque ambas eram filhas de Júpiter" (deus romano supremo identificado como Zeus, o deus grego). E lembrança importante:"Voltei como prometera ao governador de outrora, indo morar no Hotel Santo Antônio, na Av: Coriolano Jucá, 485, onde vivi por 49 anos, 3 meses e 3 dias, no mesmo quarto, o "Asteróide 21", homenageando "O Pequeno Príncipe", de Saint-Exupéry ". Com estantes cheias de livros, jornais e revistas por todos os lados, um grande amigo dizia:"Tenho medo de que chegue a notícia:"O professor Munhoz morreu! De quê? Os livros caíram por cima dele e ficou sufocado". Mas a preocupação dele era outra:"Já pensou se de repente, sem perceber, um baobá nasce, cresce e racha o meu planeta?" "Cairia no espaço, virando uma estrela cadente". Na foto acima vemos o professor Munhoz num restaurante escocês, em Londres, quando ainda habitava "o Asteroide M21, em Macapá.      

TEIXEIRA DE PASCOAES, UM INSPIRADOR DO "SAUDOSISMO" EM PORTUGAL



      O nome verdadeiro de Teixeira de Pascoaes é Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, tendo nascido no dia 02 de novembro de 1877, em Amarante, de uma família aristocrática, sendo seu pai juiz e deputado. Seus biógrafos afirmam que foi uma criança solitária, introvertida e sensível, propenso à contemplação nostálgica da Natureza. Fez seus estudos primários em Amarante e o curso de direito em Coimbra, passando seu tempo a ler, escrever e refletir. Em 1913, com alívio, depois de advogar em Amarante e no Porto, dá por terminada a sua carreira judicial, dedicando-se à leitura e sobretudo à escrita. Suas primeiras coletâneas poéticas, como "Sempre" (1894), "Terra Proibida" (1897) e "Jesus e Pão" (1903), caracterizam-se por um sentimento quase místico de comunhão com a natureza, ao passo que "Sombras" (1907) e "Senhora da Noite" (1909) indicam sua evolução para um melancólico intimismo. Em 1912, Teixeira de Pascoaes fundou no Porto a revista "A Águia", que se converteu no órgão do movimento "Renascença Portuguesa", difundindo o saudosismo sebastianista e seu nacionalismo místico, de presença tão considerável que chegou a merecer o interesse de Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa. Para os críticos, na melhor poesia de Teixeira de Pascoaes a ideologia saudosista é menos relevante do que seu panteísmo. Entre "Elegia do Amor" (1924) e a antológica "A Poesia de Teixeira de Pascoaes" (1945), organizada por Jacinto do Prado Coelho, o poeta dedicou-se a biografias como "São Paulo" (1934), "Napoleão" (1940) e "Santo Agostinho" (1945). Teixeira de Pascoaes morreu em Amarante, no dia 14 de dezembro de 1952. E acima, em Oeiras, Portugal, vemos o professor Munhoz ao lado da estatua do poeta, figura central do "Saudosismo", na manhã de 29 de julho de 2008, em foto de Adriana Bezerra.         

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHOZ LOPES (II)

 
               I-"Antônio Munhoz Lopes, professor, homem de sociedade, cidadão do mundo, também já foi político, Secretário de Educação e até delegado de Polícia. Mas prefere ser mais um professor na multidão, embora no meio de tanta gente ele se destaque - até sem querer - como um dos melhores mestres da nova civilização que o Brasil está implantando na Amazônia". - Haroldo Franco in "Jornal do Povo", Macapá, 04 de dezembro de 1977; II- "Munhoz é uma verdadeira legenda no ensino amapaense. Homem de cultura ímpar, é um "globe-trotter" inveterado. E tivesse o nosso professorado, tanto local quanto nacional, a metade do amor à educação e cultura que tem o nosso Antônio Munhoz, a história da educação seria outra. E infinitamente melhor". - Carlos Bezerra, "Homenagem merecida", in Diário do Amapá, 18 de junho de 1997; III- "Em Macapá, hoje, um bom amigo está contando tempo: Antônio Munhoz. Mestre dos mais benquistos, figura humana do maior quilate e das mais cultas que conhecemos, além de crítico de arte e homem de imprensa, Munhoz não vai chegar para os abraços dos inúmeros amigos que tão bem soube conquistar e merecer em sua segunda terra. Daqui, com o registro, vão as felicitações do colunista". - Edwaldo Martins in "A Província do Pará", 10 de fevereiro de 1977"; IV- "Dotado de rara cultura, Antônio Munhoz Lopes, além de grande contribuição que dá ao processo educacional e cultural para o Amapá, é portador de invejável "Curriculum vitae". - Wellington Silva, in "Diário do Amapá", 18 de janeiro de 2001; V- "O nome Antônio Munhoz Lopes é quase uma marca, sendo o professor de literatura mais celebrado do Estado do Amapá". - Márcia Corrêa, in "A Gazeta", 15 de novembro de 2009. E acima o professor Munhoz, em Lisboa, na manhã de 08 de julho de 2011, lembrando os concertos de verão da Confraria Tucuju, aqui onde mora há 55 anos.

                     

sábado, 25 de abril de 2015

DELICIOSAS FÉRIAS PELO BÁLTICO

                                    As férias do professor Munhoz, ano passado, tiveram início no dia 10 de agosto, saindo de Belém, com destino à Dinamarca, aproveitando o máximo de três dias em Copenhague, revendo uma das cidades com melhor qualidade de vida do planeta, seguindo depois para a Noruega, com seus fiordes. Em Bergen, cidade da cultura, almoçou num mercado de peixes, vindo-lhe à mente o Ver-o-Peso de Belém. A única irritação, com protesto, foi por não ter ido à casa do compositor Edvard Grieg, hoje museu. Depois de Fagernes e Goteborg, voltou ao porto de Copenhague, embarcando no Royal Princess, onde passou 12 dias, com visita a Oslo, encantando-se com o Parque Vigeland, onde só o "Monólito do Ser Humano" tem 121 figuras esculpidas. Com alegria, reviu Berlim, com a Porta de Brandemburgo, o edificio do Reichstag, o Memorial ao Holocausto e partes do muro da EAST SIDE Gallery, com o "Beijo da Morte" entre os líderes comunistas Breshnev, da União Soviética, e Honecker, da RDA. Em Tallinn, capital da Estônia, visitou por primeiro a Catedral de Alexander Nevsky, com um espetacular conjunto de sinos, todos fabricados em São Petersburgo, na fábrica de Vasili Orlov. Na antiga Leningrado, onde viveu Dostoievsky, perdeu a noção do tempo no Hermitage, encantando-se depois com Igreja do Sangue Derramado. Adorou rever Helsinki, capital da Finlândia, com a igreja de Temppeliaukio, construida dentro de uma rocha. Outra emoção foi voltar a Estocolmo, na Suécia. De novo em Copenhague, tomou um avião para Lisboa, seguindo para a Galiza. Na foto acima, o professor Munhoz em Berlim, diante da Porta de Brandemburgo, na manhã de 22 de agosto de 2014, em foto de Tito Dominguez Nuñez.           

ENTRE ESCULTURAS DE JUAN MUÑOZ

                              Em Madri, na Espanha de Franco, nasceu em 1953 o escultor Juan Muñoz, fazendo seus estudos na Central School of Art and Design, completando o curso de impressão na Croydon School of Art, ambas sediadas em Londres, onde por sinal conheceu sua esposa, a também escultora Cristina Iglesias. Estudou ainda no Pratt Graphic Center, em Nova York. Juan Muñoz pertence a uma geração de artistas europeus que surgiu nas décadas de 1980 e 1990 e cujo trabalho alargou significativamente o conceito de escultura. Sua primeira exposição em 1984 foi numa galeria já extinta de Madri, gozando de uma subida meteórica em termos de reconhecimento internacional. Suas esculturas, em larga escala, representam figuras humanas de uma forma muito realista como podemos ver acima. Juan Muñoz recebeu o mais importante prêmio espanhol - Prêmio Nacional de Artes Plásticas - no ano 2000, concedido pelo Ministério da Cultura como reconhecimento por toda a sua trajetória artística. E o seu trabalho está presente nas coleções dos mais importantes museus do mundo, como a Tate Gallery, de Londres, e o Museum of Modern Art, de Nova York. Em Portugal, na cidade do Porto, Juan Muñoz contribuiu, em 2001, com um projeto de escultura pública, no Jardim da Cordoaria. Inesperadamente, o artista morreu em consequência de uma hemorragia no estômago, em 28 de agosto de 2001, contando apenas 48 anos de idade. Acima, entre esculturas de Juan Muñoz, vemos o professor Munhoz, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, na manhã de 07 de agosto de 2001, em foto de Tito Dominguez Nuñez.       

EM ALGUMAS CIDADES DO VELHO MUNDO


                  Numa carta escrita em Veneza, no dia 30 de julho de 1967, o professor Munhoz contava à professora Ester Virgolino, sua amiga: "Estive em Fátima, todavia Lourdes me emocionou muito mais, tendo acompanhado a procissão das velas, na fila da Legião de Maria. Em Madri, visitei o Museu do Prado, um dos maiores do mundo, com um acervo extraordinário. Aliás, foi na entrada do museu, que eu soube da morte do Presidente Castelo Branco. Em Cannes aflorou o meu amor pelo cinema, eu cinemaníaco inveterado, tendo começado a escrever sobre a 7ª Arte, no jornal católico "A Palavra", de Belém do Pará. Em Pisa, fui para a cama às três horas da madrugada, zanzando pela cidade que dormia. Estive no Duomo; entrei no Batistério e subi a Torre Inclinada, no "Campo dei Miracoli". A torre começou a se inclinar antes mesmo que o terceiro piso estivesse pronto, em 1274. De Roma, a "Cidade Eterna", não preciso dizer: deslumbrou-me tanto a pagã, como a cristã, onde se encontra a cabeça visível da Igreja. O padre Caetano Maiello me levou a Nettuno, tendo rezado no túmulo de Santa Maria Goretti, a garota de 12 anos assassinada por Alexandre Serenelli, de 20. Quanto a Florença, é um museu a céu aberto, com a Piazza della Signoria, o Duomo, com a cúpula de Brunelleschi, a "Porta do Paraíso", de Ghiberti, no Batistério; e o mundo de beleza da Galleria degli Uffizi e do Palazzo Pitti. Na Praça de São Marcos, em Veneza, de noite, ouvi a "Banda", de Chico Buarque e, no Palácio dos Doges, atravessei a Ponte dos Suspiros. Por último, andei de gôndola, sentindo-me o mais romântico e feliz dos mortais". Acima, o professor Munhoz, em Cannes, no dia 22 de julho de 1967 depois de um dia inteiro em Avignon, admirando a beleza do Palácio dos Papas.             

A RESPEITO DO PROFESSOR ANTÔNIO MUNHZ LOPES (I)

                                                 
                           I - " Os seus cabelos brancos, que para alguns representam respingos de serenatas, para o professor Munhoz são as marcas de uma lida dedicada ao ensino de gerações de amapaenses". - Carlos Cordeiro Gomes, in Diário do Amapá, 06 de fevereiro de 1997; II - "Munhoz, continua assim: luminoso como Portugal, clássico que nem a Grécia, inteligente e culto feito Paris, buliçoso como Amsterdã, enigmático igual o Oriente, eterno como Roma, solo sagrado como a Palestina, romântico à Veneza e, para não ir mais longe que meu fôlego é curto, mil contrastes à imitação deste nosso Brasil" - Cláudio Barradas, Belém do Pará, 08 de fevereiro de 1977; III - "O professor Antônio Munhoz Lopes, eu o reputo honra e glória para a nossa terra". - Carlos Bezerra, in "Diário do Amapá", 11 de fevereiro de 1996; IV - "O Amapá, com certeza, seria bem melhor do que é, se tivesse mais mestres do calibre do Munhoz". - Editorial de "A Gazeta", 11 de fevereiro de 2005; V - "Antônio Munhoz, esse monumento de cultura que é hoje um dos patrimônios desta terra". - Alcy Araújo, "O Estado do Amapá", 06-06, 1981; VI - "Antônio Munhoz, "globe-trotter" inveterado, é uma das expressões de cultura que conhecemos" - Edwaldo Martins, in "A Província do Pará", 10 de fevereiro de 1991; VII - "Foi exatamente Antônio Munhoz Lopes quem possibilitou uma primeira coluna cinematográfica minha, logo na abertura dos 50, o cronista ainda na adolescência. Um irmão, esse querido Munhoz". - Acyr Castro, "Jornal do Cinema", in "A Província do Pará", 15 de agosto de 1976. Acima, o professor Munhoz em Lisboa, na manhã de 07 de julho de 2009, em foto de A. Santos.       

terça-feira, 3 de março de 2015

O "RETRATO DE GINEVRA DE'BENCI", DE LEONARDO DA VINCI

                    

                                                 Somente agora encontramos o roteiro da primeira viagem internacional do professor Munhoz, em julho de 1967, tendo início pelos Estados Unidos, com Nova York e, em Washington visitou a Casa Branca, o Capitólio e o Smithsonian Institute, onde viu os aviões dos irmãos Wright e o de Lindberg, além das históricas cápsulas espaciais dos astronautas John Glenn e Alan Shepard. Mas o que, na verdade, o encantou, foi, na Galeria Nacional de Arte, o "Retrato de Ginevra de'Benci", de Leonardo da Vinci, autor da "Mona Lisa", no Museu do Louvre, em Paris. O retrato de Ginevra é um óleo sobre madeira adquirido pela galeria em 1967, por um preço récorde, na época, de 5 milhões de dólares, pagos ao príncipe Francesco Giuseppe II, de Liechtenstein, até então seu proprietário. Ginevra era filha do banqueiro florentino Amerigo di Giovanni Benci, nascida em 1457 e casada aos 17 anos com Luigi di Bernardo Niccolini. E o primeiro historiador de arte a examinar o quadro, ainda da coleção privada do príncipe de Liechtenstein, foi Wilhelm Bode, no final do século XIX. O retrato é hoje um dos destaques da Nathional Gallery of Art, em Washington, e embora bonito, é austero, não mostrando sugestão alguma de um leve sorriso como a "Gioconda" do Louvre. Seu olhar, embora de frente, parece indiferente ao espectador. E ainda segundo os estudiosos do quadro, no passado, presumivelmente devido a danos, cortaram-lhe os braços. Mulher de beleza e renome, Ginevra também foi celebrada em sonetos, inclusive louvando suas virtudes. Acima, o "Retrato de Ginevra de'Benci", que o professor Munhoz viu no dia 07 de julho de 1967, em Washington, na Galeria Nacional de Arte, antes de conhecer a "Mona Lisa", do Louvre, e a "Dama com arminho", do Museu Czartoryschi, de Cracóvia.     

A PRIMEIRA DE MUITAS VIAGENS ( l )

                                         A primeira viagem internacional do professor Munhoz foi em julho de 1967, começando pelos Estados Unidos, com Nova York e Washington, seguindo depois para Portugal num avião da Pan American, com chegada a Lisboa e visitas ao Castelo de São Jorge, a Praça do Comércio, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerônimos, ápice da arquitetura manuelina, e o Museu de Arte Antiga. De noite, foi a uma casa de fado, no Bairro Alto. Em excursão, conheceu Queluz, Sintra, Cascais e Estoril. Num outro dia, em autopullman, visitou Óbidos, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Batalha e Leiria. Em Coimbra, foi à Universidade, à Sé, ao Penedo da Saudade e á Quinta das Lágrimas, continuando para Figueira da Foz e Aveiro, cujas salinas figuram no testamento da condessa Mumadona, de 959 d.C. No Porto, esteve na Catedral, jantando na Ribeira, às margens do Douro. Visitou a Casa-Museu Guerra Junqueiro e no Palácio da Bolsa, encantou-se com o Salão Árabe. Da igreja de São Francisco não esquece até hoje a Árvore de Jessé, em madeira dourada, esculpida entre 1718 e 1721 por Filipe da Silva e António Gomes. Também subiu os 240 degraus da torre da Igreja dos Clérigos. Depois foi a Guimarães, berço da nação portuguesa, com D. Afonso Henriques. Em Braga, passou horas na Sé, iniciada no século XII. Em Barcelos, nascida de assentamento romano, admirou o seu artesanato, cujo símbolo é o galo nascido de uma lenda. Acima, o professor Munhoz, em Lisboa, no Castelo de São Jorge, na manhã do dia 07 de julho de 1967, aparecendo dona Cati e a professora Maria das Dores Correa, ambas de Macapá.     

LINDANOR CELINA, ANTÔNIO MUNHOZ E HAROLDO FRANCO

                                              Na edição do "Jornal do Povo", de domingo, 11 de junho de 1978, foi publicada uma carta de Paris, de 02 de maio, escrita por América Vivot, lembrando que em Macapá visitará o jornal de Haroldo Franco, juntamente com Flexa de Miranda e Lindanor Celina, "a escritora mais premiada do Norte, que vive entre a França e a Grécia, sem perder os laços que a ligam ao Brasil". Haroldo frisa que América e Lindanor são duas amigas que, infelizmente, não pôde visitar na sua permanência em Paris, em abril daquele ano, e justificando sua ausência, "manda pela Air France as saudades e as homenagens do repórter, de Flexa de Miranda e de Antônio Munhoz". Na mesma página, a carta da América conta a chance que teve de conhecer Lindanor, "uma escritora talentosa que tem o mérito também de ser brasileira", frisando que "Lindanor é uma velha amiga de Haroldo, tendo sido sua colega de turma na Universidade do Pará, no curso de Letras. A crônica de Lindanor, no "Jornal do Povo", é dedicada a Antônio Munhoz e a Haroldo Franco, e diz no início que "De Macapá eu só tenho é feliz lembrança" e conta: "Três vezes ali fui, duas levando meus livrinhos; outra quando universitária, para visitar "o reino do manganês". E recorda "o primeirinho encontro: Munhoz e os estudantes". E suspira: "Macapá: Eu bem gostaria de te rever, tuas noites - violão na ponte", e "saber se ainda existe a "Pedra de Itaiara", naquele canto de praia". Numa outra carta escrita em Paris, no dia 1º de outubro ainda de 1978, Lindanor perguntava ao professor Munhoz: "Recebeu a crônica dedicada a você e ao Haroldo?". A carta chegara por "gentileza da América Vivot". Acima, Lindanor Celina ao lado do túmulo de Fernando Pessoa, em foto do poeta português Manuel Correia Marques, na casa de quem, por muitos anos, o professor Munhoz se hospedou em Lisboa, na Avenida Visconde Valmor, 28, 2º, Dto.      

SALVADOR, BAHIA, JULHO DE 1984

                             Descobrimos, há pouco, que o professor Munhoz esteve em Salvador, na Bahia, em julho de 1984 - portanto, há 31 anos - através de uma carta para a professora Ester Virgolino, escrita depois de uns dias no Recife, onde visitou seu amigo Sebastião Ramalho, de quem afirmava: "Ramalho não está bem. Tem dificuldade de andar. Na verdade, quase não pode andar". Num outro tópico, afirma: "Tenho aproveitado bastante e, por duas vezes, fui a Olinda". Quanto a Salvador, confessa: "Estou adorando tudo, com um acervo artístico e histórico fantástico, embora nem sempre bem cuidado. " E, cheio de entusiasmo, diz: "Em matéria de igrejas, há maravilhas, e a de São Francisco é um deslumbramento, conseguindo realizar "o ideal da igreja de ouro", surgido em Lisboa". Lembra a igreja da Ordem Terceira de São Francisco, "a única de fachada plateresca no Brasil, com um claustro que é uma preciosidade". Diz ainda: "Na Catedral Basílica, onde está o túmulo de Mem de Sá, sentei na cadeira do Pe. Antônio Vieira. A igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia foi inteiramente pré-fabricada em Portugal, tendo as pedras vindo como lastro dos navios que voltavam carregados com os produtos da terra. No Solar do Ferrão vi a coleção de Abelardo Rodrigues. E no Museu de Arte Sacra, um altar de prata da antiga Igreja da Sé. No museu Costa Pinto foram as coleções de balangandãs em prata que me encantaram". No final, confessa: "Tenho subido e descido ladeiras que são um horror!" Acima, seu amigo Richard Santiago Pereira, com quem sempre viaja para Salvador, na manhã de 12 de janeiro de 2010, diante de uma igreja, com duas baianas, símbolos da religiosidade e do folclore da cidade-mãe do Brasil.